A tecnologia proporcionou grandes transformações no mundo e facilidades que seriam inimagináveis há algum tempo. Aplicativos para ouvir músicas, inteligências artificiais que apagam as luzes, plataformas de streaming etc. Nesse contexto, os ativos digitais se popularizaram – mudando também a forma de ganhar, gerir e investir dinheiro. Hoje vamos explicar o que são ativos digitais a fim de aproximá-lo dessa realidade.
O que são ativos digitais?
Ativos digitais são recursos intáteis, por exemplo: imagens, vídeos, perfis nas redes sociais etc. que carregam em si um valor real e que podem ser transferidos, armazenados e comercializados por meio eletrônico, sem lastro ou garantia estatal.
As criptomoedas foram os primeiros ativos digitais a serem adotados em massa utilizando a blockchain, que é uma tecnologia baseada na descentralização capaz de viabilizar a oferta de serviços e produtos mais ágeis e seguros. A blockchain funciona como uma base compartilhada de dados que registram as transações digitais, troca de informações processadas por usuários de uma rede descentralizada de computadores. Essas informações são armazenadas em blocos que recebem uma impressão digital denominado “hash” – um código matemático com a finalidade de garantir a segurança total dos dados armazenados.
Ao serem transacionados entre pessoas ou empresas, os ativos digitais têm seus valores e validades convencionados enquanto meio de pagamento ou investimento.
Como o investimento funciona?
Para contextualizar o ecossistema financeiro digital precisamos lembrar que o preço dos ativos é estabelecido exclusivamente pelo comprador e pelo vendedor dentro da plataforma blockchain, de acordo com a oferta e a demanda. De modo análogo à Bolsa de Valores, um mercado “paralelo” se organizou para garantir que moedas e produtos digitais fossem negociados sem interferências de uma corretora. Na economia digital, as exchanges cumprem dois papeis simultâneos: de corretora e de bolsa de valores. E, neste caso, o órgão regulamentador é a Receita Federal, que nos últimos tempos passou a exigir de todas as exchanges o reporte mensal das transações feitas na plataforma.
Quais as vantagens?
Existem alguns benefícios de investir no mercado digital, por exemplo: as movimentações podem acontecer 24 horas por dia e em qualquer parte do mundo de forma confiável, transparente, auditável e rastreável, muitas vezes sem despesas com taxas e comissões, além da segurança dos dados, assegurada pela blockchain. A negociação de ativos digitais confere mais autonomia ao investidor, rompendo barreiras impostas pelas moedas nacionais. Ou seja, ao quebrar barreiras físicas e geográficas, eles permitem que qualquer um se torne um investidor, além de abrir espaço para que mais bens sejam valorizados e negociados — algo que tem atraído a atenção de especialistas e gestores de fundos de investimento.
É seguro investir em ativos digitais?
Investir em ativos digitais é altamente seguro pelo fato de as transações serem realizadas dentro da plataforma blockchain que, ao separar as informações em blocos, as criptografa (num código com letras e números) duplamente: cada bloco carrega suas informações, seu hash e o hash do bloco anterior ao seu. Isso aumenta a segurança porque as informações contidas nesses códigos não podem ser apagadas ou alteradas.
Além disso, a depender do tipo de ativo negociado, outras camadas de segurança podem ser garantidas pela empresa responsável pela sua gestão. Um exemplo são os tokens, bastante comercializados atualmente por grandes companhias.
Quem deveria investir em ativos?
Existem três perfis de investidores: conservador, moderado e arrojado. Isso diz respeito à tolerância ao risco de cada investidor. Sendo assim, o investidor conservador prefere investimentos de baixo risco. Ele se recusa a perder mesmo ante uma forte possibilidade de ganho. Já o investidor moderado representa o meio termo entre os extremos. Ele prefere movimentações assertivas, mas não tem medo de arriscar quando necessário. Por fim, o perfil arrojado representa o investidor que busca ganhos elevados mesmo que, para isso, ele precise arriscar tudo.
O investimento em ativos digitais pode ser realizado por pessoas que se identificam com qualquer um desses perfis, visto que existem graus variados de risco para cada ativo.
Ativos digitais
Bens virtuais centralizados:
Bens virtuais centralizados são dados que só existem em bancos de dados privados. A exemplo de ações de empresas, pontuação de jogos online e programas de fidelidade.
Criptomoedas:
As criptomoedas possuem uma rede blockchain própria para seu registro. Nesse caso, os ativos digitais são voltados para operar como meio de troca, ou reserva de valor. Por exemplo: Bitcoin, Ethereum e Litecoin. Como suas flutuações de valores de mercado são bastante expressivas e imprevisíveis, as criptomoedas são mais indicadas para investidores arrojados.
Tokens:
A tokenização pode ser definida como um processo de emissão no qual os direitos sobre ativos tangíveis ou intangíveis são divididos em “pedacinhos”, fracionados por meio da tecnologia blockchain. Esses pedacinhos são chamados de tokens.
Como exemplo, temos os tokens de consórcio do BomConsórcio. Nesse caso, direitos creditórios de cotas de consórcio performados são fracionados e comercializados. Os compradores adquirem frações do valor daquele ativo, com uma estimativa pré-definida de rentabilidade e maior segurança (por se tratar de consórcios de administradoras AAA).